By Michel Hansen
Estima-se que o cervo vermelho da ilha hebridense de Jura supere a população humana na proporção de 30 para 1. De fato, o nome Jura significa “ilha do cervo” em nórdico. A atual destilaria foi estabelecida em 1810 e a população era, então, de cerca de mil habitantes. Hoje, é de cerca de um quarto disso.
Usando malte levemente turfoso, a destilaria produz um whisky leve, seco, que não é típico de outros maltes de ilha e é responsável pelo único setor produtivo de Jura depois da agricultura e da pesca. Após um período de fechamento, entre 1918 e 1960, foi reconstruída em 1960 e ampliada nos anos 1970 para 4 grandes alambiques que são mais como os de uma destilaria das Highland do que os de suas vizinhas em Islay.
Existem várias expressões do Jura e, recentemente, a destilaria anunciou a adoção de um novo portfólio para a marca. Já o Turas Mara é um whisky feito originalmente para ser exclusivo de varejo de viagem.
Turas Mara é gaélico escocês para “longa jornada” e homenageia os ilhéus que emigraram para a América do Norte durante os séculos XVIII e XIX. Para homenagear sua longa jornada, o Jura Turas-Mara foi lançado em 2013 exclusivamente em lojas duty-free selecionadas para aqueles que embarcam em sua própria jornada. A garrafa exibe uma bússola como simbologia.
Engarrafado com um ABV de 42% e amadurecido em uma mistura de barris de bourbon, barris de xerez, barris de carvalho francês e barris de Porto, este é um whisky frutado e complexo. A escolha de um grande número de barris diferentes reflete o sabor exótico e único que vem das madeiras provenientes de todo o mundo.
O que pude perceber:
Características:
cor dourada, pouco corpo.
Aroma:
Aroma:
frutado, picante, amêndoas, frutas secas, ameixas pretas em compota. Cítrico, baunilha, mel e frutas vermelhas. Além de um adocicado, há também um aroma herbal, de gramíneas. Percebe-se também que é um whisky seco. A adição de um pouco de água evidencia o herbal e a sensação de whisky seco. Baunilha, açúcar mascavo e mel. Aparece um aroma de uvas brancas e também um amadeirado. As ameixas pretas persistem.
Paladar:
Paladar:
quente, seco, ameixas pretas, caramelo, açúcar mascavo, um pouco de baunilha, finalizando com uma sensação de frutas vermelhas suculentas. Aparece um frutado cítrico, uma mistura de abacaxi, pera e maçãs. Com um pouco de água continua quente e picante, com canela dando o tom. Frutado, com frutas suculentas presentes o tempo todo, ameixas pretas, uvas acentuadas, misturadas com um pouco de baunilha. Finaliza de forma quente e picante e, desta vez, deu para sentir uma leve fumaça, algo bem sutil. Na verdade, não há quase nada de fumaça.
É um whisky que tem uma profusão de aromas e sabores. Muito se deve à sua finalização em diferentes tipos de barril. São quatro tipos: barris de carvalho americano ex-bourbon, barris de carvalho espanhol ex-xerez, barris franceses ex-bordeaux e barris ex-porto Ruby.
O tempo todo o whisky apresenta uma sensação de frutas suculentas, doce, que preenche a boca. Com 42% ABV, o álcool não é sentido. Eu diria que não é necessário adicionar água, mas esta foi fundamental para deixar o whisky mais equilibrado. É uma versão um pouco diferente ao que se está acostumado dos Jura, mas é muito prazerosa de se apreciar.
A mistura de diversos barris ficou bem interessante, dando para perceber as notas que cada um entrega, com a curiosidade do Barril ex-bourdeaux, que não é muito visto, ao contrário dos demais. O que eu pude perceber e distinguir que era proveniente dele foram as notas de uva, que para mim eram brancas. Mas o que prevaleceu mesmo foram as notas provenientes do ex-xerez, inclusive dando um certo amargor ao whisky.
No geral, um bom whisky para conhecer e apreciar.
É um whisky que tem uma profusão de aromas e sabores. Muito se deve à sua finalização em diferentes tipos de barril. São quatro tipos: barris de carvalho americano ex-bourbon, barris de carvalho espanhol ex-xerez, barris franceses ex-bordeaux e barris ex-porto Ruby.
O tempo todo o whisky apresenta uma sensação de frutas suculentas, doce, que preenche a boca. Com 42% ABV, o álcool não é sentido. Eu diria que não é necessário adicionar água, mas esta foi fundamental para deixar o whisky mais equilibrado. É uma versão um pouco diferente ao que se está acostumado dos Jura, mas é muito prazerosa de se apreciar.
A mistura de diversos barris ficou bem interessante, dando para perceber as notas que cada um entrega, com a curiosidade do Barril ex-bourdeaux, que não é muito visto, ao contrário dos demais. O que eu pude perceber e distinguir que era proveniente dele foram as notas de uva, que para mim eram brancas. Mas o que prevaleceu mesmo foram as notas provenientes do ex-xerez, inclusive dando um certo amargor ao whisky.
No geral, um bom whisky para conhecer e apreciar.
Jura Turas Mara
Single Malt Teor Alc 42%
No aroma, frutas frescas como ameixas, uvas pretas e cerejas com baunilha e notas de caramelo. No paladar, muita baunilha, mel e chocolate.
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